Panorama visto da janela.

Mal me encosto a ela, olho para baixo. O asfalto toma conta de quase tudo. No meio da avenida, as plantas com dificuldade tentam sobreviver e , milagrosamente, as azaleias aparecem coloridas entre as folhas verdes e amarronzadas por causa da poluição. Carros aos montes quase atropelam pessoas que atravessam fora da faixa para pedestres. Parece um formigueiro. A pressa domina todos de maneira absurda. Edifícios se enfileiram pelos dois lados da larga avenida. E as horas passam e nada se modifica. Olho para cima. Vejo a continuação e término dessas construções monstruosas que tomaram o lugar das antigas casas, muitas delas pintadas de beije ou de rosa. Ignoro os prédios e procuro o céu entre nuvens chuvosas. Mas, qual o que, não vejo céu nenhum. Fecho meus olhos e me concentro num ponto imaginário. Graças a uma força que Deus me deu, consigo vislumbrar um lindo céu azul, com poucas nuvens. Estas o enfeitam com suas formas e tons de rosa claro e dourado. Agora sinto uma paz e esperança de dias melhores.
Deyse Felix
Enviado por Deyse Felix em 05/01/2012
Reeditado em 10/03/2017
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