Uma parte de mim

Sim... mil vezes sim!

Tenho necessidade de dizer-te a verdade

Vivo nessa trajetória de buscar quem sou,

Ou se para ti sou mais uma emoção qualquer.

Quem sou, o que sou para quem quero bem?

A quem quero bem, o que pensas de mim?

Ao dizer-me que me amas,

Como amas? Tem flores em teus jardins?

Oferecerás o melhor mel de tuas flores?

Disseste “amo-te”, bem baixinho,

Com o cuidado de não acordar a madrugada?

Escreveste o nosso nome,

Cravado no pé de figueira, cercado por um coração?

Bebeste da fonte da saudade,

A mesma que há anos mata-me e mata a minha sede?

Então, pergunto-te... o que sou para ti?

Sentes a mesma ansiedade pela vida,

A mesma vontade de rasgar o véu da ignorância,

Essa ignorância torpe que nos mutila,

Que nos aprisiona dia-a-dia?

Quem sou... agora sei quem sou.

Sou um visionário, louco

E apaixonado pela vida.

Que me faz explodir em emoção, quando um dia eu puder dizer

Bem baixinho, para não acordar a nossa madrugada:

"_Amo-te! Psiuuuuu... não fale nada"

SÔNIA SYLVA
Enviado por SÔNIA SYLVA em 09/01/2012
Reeditado em 09/01/2012
Código do texto: T3431213