Uma parte de mim
Sim... mil vezes sim!
Tenho necessidade de dizer-te a verdade
Vivo nessa trajetória de buscar quem sou,
Ou se para ti sou mais uma emoção qualquer.
Quem sou, o que sou para quem quero bem?
A quem quero bem, o que pensas de mim?
Ao dizer-me que me amas,
Como amas? Tem flores em teus jardins?
Oferecerás o melhor mel de tuas flores?
Disseste “amo-te”, bem baixinho,
Com o cuidado de não acordar a madrugada?
Escreveste o nosso nome,
Cravado no pé de figueira, cercado por um coração?
Bebeste da fonte da saudade,
A mesma que há anos mata-me e mata a minha sede?
Então, pergunto-te... o que sou para ti?
Sentes a mesma ansiedade pela vida,
A mesma vontade de rasgar o véu da ignorância,
Essa ignorância torpe que nos mutila,
Que nos aprisiona dia-a-dia?
Quem sou... agora sei quem sou.
Sou um visionário, louco
E apaixonado pela vida.
Que me faz explodir em emoção, quando um dia eu puder dizer
Bem baixinho, para não acordar a nossa madrugada:
"_Amo-te! Psiuuuuu... não fale nada"