CARPE DIEM

Hoje espanei o pó da minha escrivaninha

Há tempos não a via assim ,tão entregue

Afastei o meu peso de papel favorito

Um globo de vidro com inúmeros floquinhos coloridos

Caneta tinteiro

Papel couche

Cheiro de nanquim

E de volta ao que mais gosto de fazer

Palavras soltas

Frases sem destino na ponta da caneta

Na ponta da língua...

SAUDADE

Do que não fui

Do que poderia ter sido

Se me tivesse deixado ser

CARPE DIEM

Se falo demais

Faço de menos

Melhor calar

Boca fechada

Mosca não entra

Mas engasgo

Com meu próprio veneno

Que me paralisa

Me entorpece

Me confunde

E me leva

Prá bem longe de mim

Andréa Duarte
Enviado por Andréa Duarte em 25/01/2012
Código do texto: T3461773
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