CARPE DIEM
Hoje espanei o pó da minha escrivaninha
Há tempos não a via assim ,tão entregue
Afastei o meu peso de papel favorito
Um globo de vidro com inúmeros floquinhos coloridos
Caneta tinteiro
Papel couche
Cheiro de nanquim
E de volta ao que mais gosto de fazer
Palavras soltas
Frases sem destino na ponta da caneta
Na ponta da língua...
SAUDADE
Do que não fui
Do que poderia ter sido
Se me tivesse deixado ser
CARPE DIEM
Se falo demais
Faço de menos
Melhor calar
Boca fechada
Mosca não entra
Mas engasgo
Com meu próprio veneno
Que me paralisa
Me entorpece
Me confunde
E me leva
Prá bem longe de mim