Nojo de Moluscos

I

Tenho nojo de moluscos

De corpo mole são fragéis e preguiçosos

Escondem-se dentro de conchas, seu gueto

Nunca estão sós, sempre há dois aqui, cinco ali

II

Estão no mar, em rios e terra firme

São primários; os caramujos, há quem ateste,

Existem a mais de 500 milhões de anos,

Contudo sem evoluirem, para eles, bastam coexistirem

III

Em síntese, este animal é composto de crânio

Que o faz rastejar-se em superfícies asperas,

Todavia, já acostumados a rusticidade de tempos remotos,

Não se machucam graças a viscosidade das secreções

Que expelem do corpo conhecida por muco

IV

Fixam-se em quaisquer cantos:

Nas pedras, em arvores, em folhas, sem cerimônias.

Também tem pés para escaparem dos predadores

Que outrossim ocupam seus espaços para trabalho

E não para o parasitanismo.

V

Dentre eles, a lesma é a que me causa mais aversão

Por onde passa deixa seu rastro funesto

Enojando lugares comuns para prejuizo de todos

VI

Voltando em sua composição, temos a massa visceral

Composta de sistema digestório,

Responsavel pela produção de excrementos de toda desordem

V

E ainda, o sistema reprodutor desse molusco

Que se encarrega de disseminar muitos parasitas

Para prejuizo da saude, segurança pública

E saneamento básico das outras espécies.

VI

Identifica-los não é tarefa fácil pois se escondem em suas tocas

Entretanto, em épocas de disputas

Saem rastejando por aí suas conchas

tremulando-as... como estandartes

Hermes Machado
Enviado por Hermes Machado em 29/01/2012
Reeditado em 13/10/2012
Código do texto: T3468802
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.