eco no oco

Quando seguidas segundas se vão

Escorrem minhas dúvidas, minhas certezas

Vou ficando oco, seco

Sim, tenho me banhado à chuva

Mais ainda não me molho

Encolhido e recolhido

Sob fina camada de pelos

Os olhos, viro para o dentro

Deste lado tudo é tão longe

O rir e o dolorir, em pés não conto

Abro em persianas os cílios

Censurando o óbvio do externo que cega

Mas o dentro, é obscuro

Costumo olhar de básculas escancaradas

Mas talvez, não consiga ver

AMoreira

15/02/2012 3:00 am

Numa minguante incrível