Morte Insistente

Quem tornas a ti viva, ó morte?

E por que a ti fim não vem?

Pois a todos abraças,

Tudo tens levado ao pó.

Eis que tens mais vida,

Quando morte te és surgida.

Negra, enquanto noite

Noite, enquanto morte.

Ah! Se te mato, morte infeliz!

Suicidar-se-ia talvez,

Se tu louca fosses.

Sorriria lágrimas em tua sepultura.

Dos mistérios teus, as vísceras provaria

Ocultos em cada historia das vítimas tuas.

E morreria, embriagado pela tua desgraça.

Ó morte, pois, que morta, ainda a mim, vem, e matas!

R Barbosa
Enviado por R Barbosa em 20/02/2012
Reeditado em 22/02/2012
Código do texto: T3508925
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