Vagando, sem olhar pra trás, o mundo está vazio, não me sobra nada mais. As chuvas de inverno passarão, molhará minhas roupas, jogadas pelo chão. Não preciso mais disso, queria minhas vaidades a presença de meus amigos, um lual perto do mar, te ver sorrir para a noite sonhar.
   Deus nos fez sua imagem e semelhança, nos deu uma bela herança, o dom de imaginar. Sentado em sua casa, feche os olhos e viaje, é de graça, não ligue se atrase visite cada lugar. Nesse mundo pode se fazer o que quiser, finalmente terá sua mulher, das noites a sonhar.
   -Poeta por quê choras se não tens mais ninguém? sempre vivestes sozinho, as páginas em branco lhe fazia carinho.
   -Quem comigo fala? se estou sozinho nesta sala, não vejo ninguém.
   -Uma voz do além. Para seu próprio bem, levante vá viver. Sou sua mente, siga sempre em frente, tu não precisa de ninguém.
   -Engana-te mente minha, como viverei se não ver o sorriso de uma mulher? mesmo não a tocanto, me sinto em paz imaginando, sentados abraçadinhos nas areias de um lindo mar. Se morrer, não serei mais eu um poeta, pois sei que nada mais me resta, se não poder mais sonhar. 
   Meus dedos nas cordas da viola, fazem um triste som, espero voltar, caso o contrário, serei como meu velho canário, que há anos morreu de tanto cantar.
Eduardo monteiro
Enviado por Eduardo monteiro em 21/02/2012
Código do texto: T3511137
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