Quando deixei a Minha Aldeia, Caravelas de Mirandela, que fica encostada ao pé da Serra de Bornes, para entrar na emigração, eu vi de perto pela primeira vez a beleza natural e sempre eterna das margens do Rio Douro. Aqui se produz o famoso Vinho do Porto que tantas glórias tem granjeado ao POVO DE PORTUGAL, mas... esta minha prosa não é para vos falar de vinhos,  e sim deste sentimento de saudade que todos temos quando estamos longe das nossas origens.
Para me sentir ainda mais original eu traduzi este poema para o "Mirandês" - a segunda lingua Portuguesa,  só falada exclusivamente nesta região do Norte/Nordeste de Portugal e em algumas partes da Raia de Espanha nesta região fronteiriça. 

  

De: Silbino Poténcio...  “Oh Douro de las claras Augas”!...
 
Oh Douro de las claras augas,
Que daqui las liebas pro mar.
- Lieba cuntigo las minhas mágoas,
Que you nun las puodo liebar!
 
Quando te bi pula beç purmeira,
Era you inda i solo un meneninho.
De l Alto de la Serra çci la Ladeira, 
Até you chegar eiqui al Pocinho!
 
Eilhi l miu Pai mui chorou,
Por tener d'assi me abandonar...
Las tristezas qu'el me deixou,
 
Lebei-las todas ne l miu caminar,
Eimigrante por eiterna cundiçon,
You choro lágrimas de l miu rincon!
 
(in: POESIAS SOLTAS)
Outor: Silbino Poténcio
(L Home de Carabelas de Mirandela)
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 22/03/2012
Reeditado em 17/07/2020
Código do texto: T3568811
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.