O PRIMO BASÍLIO

 
“E Luísa tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo conduzia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!"

(Queirós, Eça de. O primo Basílio. 15ª edição, São Paulo: Ática, 1994, p. 134)


http://youtu.be/5TdTacizYdA
Wilson Madrid
Enviado por Wilson Madrid em 04/04/2012
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