((( O ontem adiante )))

Daqui pra frente

Enfrente a masmorra

Pois quem quer que agora morra

Não perpetua a semente

Não ofenda o a origem

Não tema o precipício

Nunca se arroje ao início

Tampouco ceda à vertigem

Pelas frestas, espia o alarido

Dos comensais e das festas

Da asa, repele as arestas

Do ódio, não guarde resíduo

Ame e se entregue à lida

Mais do que ao corpo gelado

Que um dia foi amado

Mas que agora não tem vida

Arrisque o vôo mais alto

Não sobreviva de migalhas

e ainda que nas palhas

faz seu ninho eterno e cauto