A fé dos imperfeitos

Será que realmente somos detentores

de toda fé que há no mundo como afirmamos ser?

Ou tudo isso não passa de engodo, tudo falsidade?

Imagine-se sozinho, dentro de um castelo abandonado...

os ponteiros do relógio marcando meia-noite,

chuvas e trovões por todos os lados...

e você, depois de ter feito sua oração com a maior fé do mundo

ouve passos lá no fundo... vindo em sua direção.

Será que apesar de toda devoção levantaria todo sorridente

-Já que és um homem crente-

gritando de braços abertos e contente!

Exclamando: És tu ó meu bom Jesus!

Derrame sobre mim a vossa luz!

Pela lógica da razão, nem pensarias em assombração.

Afinal de contas... não terias tu, acabado de fazer uma oração?

Ou será que devido à falsidade de tua fé

borrar-te-ia todo e darias no pé?

Arrebentando portas e batentes

e tudo o mais que encontrares pela frente,

deixando claro e latente que és um fraco

quando forte diz ser... mas, mente!

E diante da grandiosidade de Deus

que de maneira alguma abandona um filho teu,

e nos ungi de bênçãos na proporção que nos é de direito,

é que podemos observar o quanto ainda somos imperfeitos!

É óbvio que naquele momento,

ao ouvirmos pelo castelo,

o ruído de alguém a caminhar,

só poderia ser Jesus vindo no abençoar!