da vida. (PRA SORVER NUANCES)

Dos bravos índios

Que estranhos se misturam

E se configuram,

Essa mistificação de seres.

Das dores,

E dessa maníaca loucura,

Os feitos.

Dos sacros e dos gastos passos,

Os espasmos e os grunhidos da fé.

Da rasura superficial,

De toques, cheiros e cores,

E da amargura de sabores,

Essa psicótica mania.

Desse mar caleidoscópico de vidas,

Que se cruzam, perpassam e que passam.

A imensidão, toda intensa e vivida.

Da riqueza de nuance,

Dos detalhes, das texturas e dos temas,

As músicas, as cenas e os poemas.

E da mistura liquidante que encena,

A cena comum, vivida, comprimida, assimilada,

Difundida, fundida e dividida,

Em cada ser.

Hudson Eygo
Enviado por Hudson Eygo em 22/04/2012
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