Almas gêmeas.

Deste relicário de Deus, vagam!

Ecoam ao tempo e espaço,

sem tempo equacionado!

De vida em vida,

se enriquecem na aurora dos humanos.

Na cumplicidade de suas almas,

se encontram na era de suas carnes!

Ora irmãos, ora amigos,

mas sempre com paixão, que gozo cruel.

Na ribalta divina, se reconhecem!

Dir-lhe-iam-se, ansiosas em seus vultos amados:- Vem!

Enlaçam-se, no olvido de suas almas.

Deste amor de paixão reluzente e inconseqüente,

que se fez ao infinito.

Desdenha ao mundo, este amor insistente.

Desta cálida alegria, morrem na paz da agonia!

Reencarnam até o fim do infinito,

no repouso do berço do eterno.

Na morada de nosso pai fraterno!

Fernando A. Troncoso Rocha