*NAS AVENIDAS DA VIDA* Uma Crônica Poética

AVENIDAS DA VIDA

Aquele foi um dos dias de minha vida

Em que me senti humanamente só

As multidões que passavam por mim...

Faziam com que me sentisse assim

Eram homens, com rostos e feitios diferentes

Alguns estampavam em suas faces a amargura

Outros, o riso solto!...Como a debochar da vida

Muitos levavam pelas mãos na avenida

O resto e deixavam o rastro...

De suas miseráveis sinas.

Poucos tinham nos lábios a marca da doçura

Pois a maioria despejava o fel da loucura

E na incerteza que a vida lhes reservava

Por não vislumbrar o seu amanhã...apenas passavam!

Eram, indiscutivelmente, passageiros sem rumo

E meus pensamentos tornaram-se seus companheiros

Meus olhos!...

Era uma máquina fotográfica que registrava tudo

Por ter consciência que aquele era meu mundo

Sabia, que cada um tomaria uma direção diferente

E quê!...

Logo a frente existe uma encruzilhada

E, eu teria que sair da avenida e entrar no túnel...

Feito por homens iguais a mim, todo em concreto armado

E nesse imenso buraco haveriam mais corpos aglomerados

Cada um esperando para seguir o seu próprio destino

Foi nesse exato instante que ouvi alguém dizer :

-Sai do beiral, que o trem do metrô vem ai!...Menino!!!

Gildo G Oliveira
Enviado por Gildo G Oliveira em 18/05/2012
Código do texto: T3673972
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