NÃO DÚBIO...
Em minha vida já proferi palavras, frases ambíguas,
Escondendo nos termos as orações tão minhas,
Querendo gritar um nome que nem mesmo conhecia,
Apenas te chamava de esperança.
Em meus gestos, coreografias de duplo sentido,
Um medo, uma forma de esconder o que não tinha,
Querendo tocar um rosto que nem mesmo eu via,
Apenas te desenhava de e em sonho.
Agora, te mostras em minha frente, não tarde,
Coração me dita as palavras exatas, em linhas,
À amostra, sem qualquer subterfúgio, em lira,
Gritando no peito, surgindo nos meus lábios um sorriso,
Acaricio tua face, te chamo de minha realidade.
Os medos se dissipam, enxergo o futuro da minha vontade,
Quando me retribuis com os sonhados afagos.
Onde estavas? Não importa. Fecho do passado a porta,
Para te viver eternamente...