DESPERTAR

Essa noite quero escrever

Até que os dedos sangrem

E o sentimento cale

Que nada mais abale

Essa minha sede de crescer

Há tempos que não mais me dedico

Mas que a cobrança não me tarda

Nem me perdoa

É que o tempo voa ,voa

E num sem tempo ,nunca à toa

Aqui me sento

A procurar meu alento

Isso é tão meu

Sentimento...

Enxugando lágrimas

É o que me basta

O que me completa

O que me resta

Se prá tanto me deixarem

Difícil entender...

Talvez

Egoísmo

Insensatez

De quem sempre quer a vez

E não cede

E não perdoa

Estranha tirania do coração

Quando diz que ama

Mas é sempre sua a razão

Direito meu

Fazer das letras meu legado

Mesmo que não me entenda

Meu bem amado

Essa é a minha riqueza

O meu tesouro

Meu guardado precioso

Que dinheiro pouco se me dá

Mas em êxtase me faz ficar

Que a vontade nunca me falte

Que a inspiração seja sempre minha amiga

Errante

Constante

Incessante

Nunca não ou obstante

Que a arte de escrever não se apaga

Nem se sufoca

Muito menos faz-se

Troça ou galhofa

Na ignorância

Na insegurança

Na incerteza

Do que é certo

Do que estar por vir

Andréa Duarte
Enviado por Andréa Duarte em 29/05/2012
Reeditado em 29/05/2012
Código do texto: T3693598
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