DESPERTAR
Essa noite quero escrever
Até que os dedos sangrem
E o sentimento cale
Que nada mais abale
Essa minha sede de crescer
Há tempos que não mais me dedico
Mas que a cobrança não me tarda
Nem me perdoa
É que o tempo voa ,voa
E num sem tempo ,nunca à toa
Aqui me sento
A procurar meu alento
Isso é tão meu
Sentimento...
Enxugando lágrimas
É o que me basta
O que me completa
O que me resta
Se prá tanto me deixarem
Difícil entender...
Talvez
Egoísmo
Insensatez
De quem sempre quer a vez
E não cede
E não perdoa
Estranha tirania do coração
Quando diz que ama
Mas é sempre sua a razão
Direito meu
Fazer das letras meu legado
Mesmo que não me entenda
Meu bem amado
Essa é a minha riqueza
O meu tesouro
Meu guardado precioso
Que dinheiro pouco se me dá
Mas em êxtase me faz ficar
Que a vontade nunca me falte
Que a inspiração seja sempre minha amiga
Errante
Constante
Incessante
Nunca não ou obstante
Que a arte de escrever não se apaga
Nem se sufoca
Muito menos faz-se
Troça ou galhofa
Na ignorância
Na insegurança
Na incerteza
Do que é certo
Do que estar por vir