Minhas Vidas

 imagem da web

"Se desejo, o meu desejo faz subir marés de sal, e
sortilégio, vivo de cara pra o vento na chuva, e
quero me molhar. O terço de Fátima e o cordão de
Gandhi, cruzam o meu peito.
Sou como a haste fina, que qualquer brisa verga,
mas nenhuma espada corta"
                              Bethânia/Paulo César Pinheiro




Ano vai, ano vem e a ocasião pede ao menos um leve pensar sobre as vidas que vivo, que carrego no meu baú de sonhos, sementes que planto pelos caminhos da vida.
Ano vai, ano vem e cada vez mais me assumo como um ser desejante, aprendente, que não dispensa o prazer da descoberta, do delírio, mas jamais se esquece de ouvir a voz do sagrado, a força da terra que me pariu, o silêncio das noites estreladas, alimentos de minh'Alma.
Tenho consciência de que na escola do mundo já aprendi um tanto, mas não me basta, devo continuar aprendendo. Devo a mim mesma o direito de reafirmar meu compromisso com a luta pela sobrevivência, com a luta por um mundo melhor sem jamais abrir mão do meu direito sagrado de sonhar.
Ano vai, ano vem e eis que me vejo ainda texto escrito e reescrito na borda do tempo.Às vezes, sou poesia de amor, sou panfleto que chama pra luta ou crônica de um cotidiano feito de esperanças.Às vezes um cordel de necessidades, uma prosa pra dar risada, uma receita de encanto ou uma bula de remédio amargo.
Sou o que o sonho e a luta de cada dia me permitiram ser e, se me acreditam, sou feliz em ser assim.
E agradeço por isso!