Eterno ciclo do Tempo-Vida
“Todos devemos escrever, no contexto da vida, o ‘nosso próprio texto’, da melhor forma que pudermos”
O dia nem bem amanheceu e cá estou eu a aguardar o reinício do interminável ciclo de vida do Tempo: o
Nascer do Sol… este nascer que tem sido imutável desde o Início de Tudo...
Pus-me a imaginar o que sentiam os primitivos homens – nossos ancestrais, ao vê-lo surgir da noite, iluminar
pouco a pouco os campos, o mar, tudo e todos à sua volta …
Percorrer sempre a mesma trajetória na invisível rota azul para pôr-se ao final de cada dia, no outro lado do
céu… enquanto a noite aos poucos se ia …
Essas maravilhas todas que, para nós, têm ‘explicação’, para eles, o que seria? Causava estupefação,
encantamento?… Seria… magia?…
Essas lucubrações foram logo dissipadas pelo surgimento do clarear azulado, quase argênteo que aos poucos
ante meus olhos , suave, paulatinamente, se mais distendia…
Ei-la afinal, a magnífica estrela!
Pequena que sou, senti-me parte integrante do Grande Todo!
Dentro deste contexto, sei ser ‘o texto’.
Cabe a mim – só a mim escrevê-lo como quiser fazê-lo.
Assim, com a serenidade dos justos e felicidade na alma
e a consciência ativo-positiva, inicio também eu, este meu dia!
Rio de Janeiro, 12 de Junho de 2012.
Mirna Cavalcanti de Albuquerque