Jamais
Não há nada.
então se não há, jamais pode ser.
Olho feliz para o que não existe.
Imagino o que poderia ser,
já que não é.
Fico parafraseando,
andando inverso,
contando descasos.
Hoje me perdi,
deixei de ser,
só pra me dizer quem não sou.
As vezes a tristeza consola,
porque sei ser triste na minha pequenez de menino,
que sorri por nada.
Brilho cores opacas,
em pensamentos disformes,
paisagens diluídas,
olhos por olhos desconhecidos,
atravessando sons mitos,
templo de amor um não saber.
Assim se passa raios de luz
na minha alma que não quer dizer,
porque não quero que me compreendas
jamais.