Menina dourada mulher
Jorge Luiz da Silva Alves
Menina, que um dia conheceu-me criança e apareceu assim, de repente, mulher; fêmea da espécie que, uma vez menina, sorrira-me faceira sob sardas convidativas, pedintes por vida mas temerosas por morrer na sede do amor ausente; mulher, tantas vezes presente nos sonhos, e de realidade sofrida e sofrente, pelas costas e pela frente tão aviltada por vilões e energúmenos, penianamente outorgados por vil sociedade pedante...a mão que balançou berços, embala agora meu sonho, toda vez que capto no sorriso de leoa destemida a menina ronronante que escapara de minhas ingenuidades – pois, enquanto homem ereto e pulsante, ainda sou titubeante menino; e enquanto menina sardenta e sapeca, domina-me com a dourada tepidez da fêmea de ofício.
http://www.jorgeluiz.prosaeverso.net
Jorge Luiz da Silva Alves
Menina, que um dia conheceu-me criança e apareceu assim, de repente, mulher; fêmea da espécie que, uma vez menina, sorrira-me faceira sob sardas convidativas, pedintes por vida mas temerosas por morrer na sede do amor ausente; mulher, tantas vezes presente nos sonhos, e de realidade sofrida e sofrente, pelas costas e pela frente tão aviltada por vilões e energúmenos, penianamente outorgados por vil sociedade pedante...a mão que balançou berços, embala agora meu sonho, toda vez que capto no sorriso de leoa destemida a menina ronronante que escapara de minhas ingenuidades – pois, enquanto homem ereto e pulsante, ainda sou titubeante menino; e enquanto menina sardenta e sapeca, domina-me com a dourada tepidez da fêmea de ofício.
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