Flores no asfalto.

Doces flores deleitam seu sorriso.

Entre malabarista e vendedores.

Rodeiam a pista sem a pista do perigo.

Em busca da vida, sem vida.

Buscam os trocados.

As doces flores perdidas, em seus odores.

Condenados a vida virtual, pleiteiam a vida, de igual para igual.

Vêem nobres senhores e senhoras, em seus carros sem dar bola.

Na escola do asfalto, cheiram o ar desigual.

Perdidos entre ervas daninhas, vêem suas pétalas caírem.

No grito desta dor que os consome, ninguém socorre!

Roubam sua alma, deleitam-no para o mal.

Condenados ao anormal.

Matam nossas flores em nossos jardins.

Em nosso mundo real!

Fernando A. Troncoso Rocha