Viajando no tempo

Nos corredores do tempo, là vou eu aos tropeços, aos tombos, aos pulos, da minha viagem nesse tempo sem tempo, das estradas loucas da vida.

São pàginas e pàginas de història que desfilam na minha memòria

a cada tropeço,

a cada tombo

a cada pulo.

Història sem nenhum sentido, carregada de emoções intensas e um profundo desespero.

Tudo parece loucura nessa luta desesperada pela vida.

São làgrimas de imensa tristeza, revolta

São gritos efêmeros de alegria, natureza viva de sempre querer ir mais longe, além do que vejo, muito além do que sinto.

Tudo se mistura, parece ilusão, mentira, sonho ou pesadelo, somos o que não somos, porque assim exige a sociedade de consumo.

Assim temos que ser, falsos, artificiais, seres sem emoções verdadeiras, sem sentimentos, sem realidade, sem sentido, sem humanidade.

Seres que acham normal a pobreza extrêma, a miséria,a corrupção,as crianças abandonadas na rua, a violência, a guerra, a destruição da vida e da natureza.

Seres que correm sem parar, em busca de algo essencial, porém, algo demasiadamente indefinido....

Não sabemos exatamente o quê, mas estamos sempre a correr para alcança-lo.

È um desejo infinito, profundo e verdadeiro

Muito além do desejo de amar e de viver

E nessa corrida louca

Um grito que não para

Um grito profundo de infinita liberdade

Infinita liberdade que não temos e nunca tivemos.

Eu vou sempre na contra-mão dessa vida

Porque nada para mim é correto

Nada é, como deveria ser

Mais um tropeço

Mais um tombo

Mais um pulo

E escorrego nas ondas do meu coração

E novamente grito a mim mesma e ao mundo

Que não sou e não quero ser

O que querem fazer de mim

Não sou màquina

Não sou robô

Não sou um ser que pode ser programado para aceitar o inaceitàvel

Para viver morrendo a cada segundo por dinheiro

Para trocar coisas vivas por coisas mortas

Para ser indiferente ao sofrimento alheio e às terriveis injustiças do dia a dia

Meu coração bate com uma intensidade brutal

E uma onda profunda de imensa felicidade me invade

Sinto que sou amor

Sinto que sou vida

Sinto que sou liberdade

E quanto mais mergulho nos corredores do tempo

Sinto que esse sentimento de Ser e de Viver verdadeiramente Livre e repleto de paz e amor

È um sentimento natural, infinito e eterno

E nada

Nada poderà jamais

Destrui-lo

Assim somos na realidade

Assim sempre seremos na eternidade !

Rita De Aragão Santana
Enviado por Rita De Aragão Santana em 02/07/2012
Reeditado em 02/07/2012
Código do texto: T3756247