Noite sem fim
Nenhum sinal de ti... e as horas se arrastam,
Como cativo que se encontra preso
Entre grilhões e porões.
Tua ausência se veste de noites sem lua,
De dias sem sol,
Sem vento para indicar a que direção tomar.
Surge então, uma fresta no peito como canyon
Separando territórios, entre o ontem e o hoje.
Se das noites já não vejo beleza nas estrelas,
O mesmo posso dizer dos vales floridos
Pelos lírios selvagens...
Que dançam e dançam a mesma música
Surda e sonora ventania.
O tempo parou num triste lamento
Onde as pedras contam histórias
E a curva da estrada serpenteia
O meu próprio caminho.
Envolta nesse manto de incertezas sem fim
Ligo o meu pensamento até ti,
Num último fio de esperança e adormeço...