Noite sem fim

Nenhum sinal de ti... e as horas se arrastam,

Como cativo que se encontra preso

Entre grilhões e porões.

Tua ausência se veste de noites sem lua,

De dias sem sol,

Sem vento para indicar a que direção tomar.

Surge então, uma fresta no peito como canyon

Separando territórios, entre o ontem e o hoje.

Se das noites já não vejo beleza nas estrelas,

O mesmo posso dizer dos vales floridos

Pelos lírios selvagens...

Que dançam e dançam a mesma música

Surda e sonora ventania.

O tempo parou num triste lamento

Onde as pedras contam histórias

E a curva da estrada serpenteia

O meu próprio caminho.

Envolta nesse manto de incertezas sem fim

Ligo o meu pensamento até ti,

Num último fio de esperança e adormeço...

SÔNIA SYLVA
Enviado por SÔNIA SYLVA em 10/07/2012
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