A viagem.

Viajei no passado e no presente.

Acordei na esperança do futuro.

De meu passado aguerrido, doloso e alegre.

Naveguei e viajei em intermináveis emoções.

Dancei com meu amigo Satã, em meus sete pecados capitais.

Brinquei de pula pula com Jesus.

Beijei a testa de meu pai todo poderoso.

Sorri como nunca e chorei como nunca, havia previsto em meus sonhos.

Tive a mente pura e me encantaram com a impureza.

Fui anjo e podaram minhas asas.

Fui demônio e me falaram mal, com suas insanidades.

No desequilíbrio de meu ser, grito ordem e desordem.

Amo com a inocência das crianças e odeio com a insensates dos homens.

Pois de toda incensastes de meu ser, embriaguei-me minha alma.

Deixei-me cegar, pelas ilusões e mentiras de falsos profetas.

Profetas que nada sabiam, nem de seu próprio ser.

Almas sedentas de admiração e prazer.

Pois em busca de meu ser.

Folheei os livros do passado e sonhei as escritas do futuro.

Pois hoje tenho medo e respeito a cada linha que escrevo.

Faço o futuro, sem renegar o passado.

De uma enorme viagem e colheita de emoções.

Farei um presente e futuro jamais sonhado.

Pois estou vivo e ainda com alma de criança.

Fernando A. Troncoso Rocha