Bebida da loucura



Eu não queria sua bebida moço,
Apenas seu olhar,
Sonhar talvez
Ser parte de suas histórias.

Da bebida fina e doce
Apenas sentir o aroma,
Quantas vezes destilaram dos seus lábios
O que eu só sei de contos?

Da embriaguez eu fugia,
Embora meus olhos degustassem
Da magia existente em seu olhar
Deixando-me tonta de prazer.

Estou desdenhando não moço,
Até já salivei
Desejando beber em sua boca
O fatal licor da aventura.

Mas teria de arrancar
O coração do peito
Para pagar por uma dose
De ousadia e vida.

Imaginei o moço febril
Desejando que meus lábios
Embriagassem nos seus
Lavando a alma no licor precioso.

Mas eu não toquei moço
Eu não ousei
Este cálice é abismo
Que derrama absinto.

Por dias fui sua sombra,
Nas jornadas sua companheira,
Nas madrugadas suas lágrimas,
Ao alvorecer um ícone.

Neste mundo onde o moço
Aventura-se com gosto,
Eu já fui estrela
Anjo e até alma amada.

Deixa agora moço
Eu ser sua sombra,
Prometo segui-lo calada,
Fará sentido nas noites frias.

Quando sentir solidão
Afasta-se da luz da lua,
É hora de abraçar a sombra,
É hora de sentir minha presença.





Texto com música



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Simplesmente Sys
Enviado por Simplesmente Sys em 23/07/2012
Reeditado em 23/07/2012
Código do texto: T3792656
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