Nasci na época da segunda guerra mundial.
Quando eu tinha uns três e poucos anos, me lembro
de minha mãe arrumando as roupas de meu pai, escovando o terno, como me lembro!
Minha mãe chorando, eu pouco ou nada entendia.
Sempre fui assim atenta as coisas apesar da pouca idade.
Meu pai se casou muito novo, com dezenove anos para ser mais precisa.
Nesse dia ele se foi, ficamos muito tristes, minha mãe não falava nada.
Passados alguns dias ele voltou, foi dispensado, para nosso alivio e felicidade.
E gostava muito quando ia para a fazenda de meu avô,era perto da nossa.
Uma casa enorme,um lindo jardim.
Mais tarde com a morte de meu avô passamos a morar lá, parecia um sonho eu deveria ter uns doze anos.
E assim fui criada,lado a lado com a natureza.
Andava á cavalo, pescava dentre muitas outras coisas.
Gostava de ajudar meu pai no curral com as vacas, era uma alegria quando nascia um bezerrinho.
Gostava mais que ficar dentro de casa, uma casa enorme para arrumar, salas e mais salas, quartos sem fim.
Hoje estranho tudo, vida de cidade sem graça, sem liberdade.
Como eu era livre, catar frutas no campo nas épocas certas.
Fazer doces variados, aprendi muita coisa.
Hoje tenho pena das pessoas que vivem nas cidades e não conhecem nada da vida no campo.
Hoje acho que estou muito sentimental, triste talvez.
Dizem que quando estamos com saudades do passado é porque estamos infelizes no presente...

martamaria
Enviado por martamaria em 29/07/2012
Reeditado em 30/07/2012
Código do texto: T3802591
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