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                  Tenho a impressão que está sendo testada, novamente, a resiliência de minha mente. Bastará uma desatenção, para eu me estatelar no abismo. Como não pretendo ter este fim, preciso permanecer focado em meu centro. Não tenho a menor noção do próximo instante. Nem arrisco um palpite. Não adianta mesmo. Sempre sai diferente. Apenas, me agarro aos fios dourados de minha afeição exacerbada... Atrapalho-me todo, com sua intensidade. Tropeço. Engasgo-me. Bato a cara na porta! A cabeça na parede! Choro, berro, expludo feio!!! Vivo remendando seus rasgos, que não encontram eco de lado algum, a não ser no exercício de meu ofício.
                   Ah! Tanto eu queria tocar.
                   Tanto eu queria mudar.
                   Vejo tantas viáveis possibilidades
                   De vivermos em tranquilidade...
                   Em amizade!
                   Em simplicidade
                   E, transparente sinceridade.
                   Cultivando,
                   Respeitando
                   A Terra,
                   Orientados pelas inesquecíveis primaveras.
Tenho dito que está progressivamente difícil, pra mim, interagir como se não soubesse o que sei. Quase nada, diante do que se há pra saber, mas poderia sim, aliviar, ou até mesmo, o ideal: evitar algum sofrer.
                   Mas, não estou encontrando espaço,
                   Para expandir meu abraço.
                   Gostaria de acarinhar o mundo...
                   Todos!
                   Tudo!
                   Não só uns poucos.
                   Gostaria de espelhar mais luminosidade,
                   Sobre as cidades.
                   Tenho pressa de ver a humanidade
                   Apaziguada...
                   Verdadeiramente voltada
                   Para o Bom que emana da eternidade.
Ainda não estou cansado. Só me sinto um pouco incomodado com a velocidade lenta (segundo meus padrões nucleares) com que a verdade se desloca, para assumir seu papel na alma coletiva desta emanação como um todo. Gostaria muitíssimo de desviar de todas as calamidades que cavamos com nossa ignorância e arrogância, cosmicamente desastrosas! Ainda acredito, piamente, que temos tempo, se corrermos, de darmos uma boa arrumada na casa, antes que o novo chegue e se instale. Talvez, através de processos não muito delicados.
                   Parto do princípio de que todos reclamam das mesmíssimas coisas. Todos sofrem, mais ou menos, das mesmas mazelas. O que varia é somente o grau de consciência. A felicidade é um desejo de todos, sem exceção. A dignidade é uma necessidade coletiva. Gostar é uma ordem planetária. Sentir-se bem, seguro, pertencente, é um mandamento sideral. Então, é só questão de sentarmos e conversarmos... Como se fôssemos adultos! Totalmente despidos de manipulações de qualquer espécie. Sem segundas nem décimas sextas intenções. Falando baixo.
Calmamente! Olho no olho! Ouvindo o outro, de peito aberto. Com atenção e todo respeito possíveis! Sem preconceitos Neandertais, nem conclusões precipitadas, baseadas na nossa particular visão de vida.
                   Chegar bem perto do outro e reconhecê-lo como “Txai” : melhor pedaço de mim mesmo.
 
 
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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 29/07/2012
Reeditado em 29/07/2012
Código do texto: T3803315
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