HAVIA SANGUE
Carlos Edyl
Há via sangue
Suficiente para o ato
Mais que teatral
Onde você me desfazia
Mais aguçada que
O mais agudo punhal...
Havia sangue
Até em demasia
Na pele até então séria
Na ponta da agulha
Fria na minha artéria..
Havia sangue
Suficiente para o corpo
Continuar como louco
Vermelho demais
Dentro da epiderme anêmica
Que não me detinha jamais
Havia sangue
E era isso que fervia
Sempre que eu te via
Glóbulos incandescentes
Que até a alma sentia
Aptos a te captar degustar
Aguçados em sentidos
Nos faziam diferentes.
Havia sangue
Nas esquinas, nos quartos, nos lugares,
Nas nuvens,nas horas em que a gente se via....