HAVIA SANGUE

Carlos Edyl

Há via sangue

Suficiente para o ato

Mais que teatral

Onde você me desfazia

Mais aguçada que

O mais agudo punhal...

Havia sangue

Até em demasia

Na pele até então séria

Na ponta da agulha

Fria na minha artéria..

Havia sangue

Suficiente para o corpo

Continuar como louco

Vermelho demais

Dentro da epiderme anêmica

Que não me detinha jamais

Havia sangue

E era isso que fervia

Sempre que eu te via

Glóbulos incandescentes

Que até a alma sentia

Aptos a te captar degustar

Aguçados em sentidos

Nos faziam diferentes.

Havia sangue

Nas esquinas, nos quartos, nos lugares,

Nas nuvens,nas horas em que a gente se via....

Carlos Edyl
Enviado por Carlos Edyl em 14/02/2007
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