REPENTE

Parei numa grande loja,
Prá comprar um violão,
Paguei preço da soja,
Pois perdi o coração.
O moço que estava vendendo,
Causou-me grande emoção,
Eu não estava entendendo,
O acontecido não.
Saí da loja assustada,
Com a grande confusão,
Não estava acostumada,
Com essa transformação.
Não sabia que o instrumento,
Usado para canção,
Mexia com o sentimento,
Levado prá contramão,
Veja só meu sofrimento,
O que faço, meu irmão?
Andei por léguas no vento,
Buscando a paz, a razão,
Conversei com elemento,
Toda aquela frustração,
Caminhando muito tempo,
Parei de frente ao mar,
Sentei-me na pedra lisa,
Violão a dedilhar,
Aproveitando a brisa,
Cantei tristonha sofrida
Enquanto vento alisa,
As  ondas a marulhar.
Assim uma promessa fiz,
Quero amar e  ser feliz,
E nessa vida  cantar,
Levantei-me, sacudi a areia,
Pedi a paz prá sereia,
E  meu amor fui buscar.
Quando cheguei lá na loja,
Dessa vez não teve soja,
E levei o violão.
O vendedor atencioso,
Aproximou-se amoroso,
Dando-me toda atenção.
E disse-me, minha querida,
Vou partilhar sua vida.
E lhe amar para sempre, então.
Agora estamos vivendo,
Pela vida correndo,
E sendo felizes assim,
Agradeço ao Universo,
Que além de dar o verso,
Trouxe o amor para mim.

Estrela Radiante
"Imagem do Google"




 
Regina Madeira
Enviado por Regina Madeira em 21/08/2012
Código do texto: T3842299
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