Com-Plexo Solar
Aperto a campainha e, o portão se abre como mágica. Sinto-me invisível. O largo corredor de ares livres se dilata para cima e para baixo. Sou mirada pelo silêncio que me sorri. Este lugar está cheio de pessoas que não existe e de repente cheio de barulho de gente que está para chegar. Corro as portas de lâminas transparentes. É íngreme a escada a minha frente quase a se curvar sobre mim. Subo de gato. A entrada é a esquerda. Lá o teto, percebo longe, cheio de luas distantes. A sensação de imensidão me constrange. Não detenho o olhar, mas meus pés passam espiando sorrateiros.
Quando o perigo se evidencia em qualquer e todo lugar no chão, é melhor ficar mesmo descalço, andar sobre as mãos e entregar aos anjos um vaso florido com a planta dos pés.