Férias de mim

Meu carnaval foi do espiritual

No frenesi de minha dor eu penetrei

Esquecido no estado zen confortou-me!

Entrelaçado ao mundo eu chorei

TV, rádio e internet eu desliguei

Caminhei em minha mente a procura do “eu”

Achei o vazio acolchoado de cetim

Lá adormeci... Lá não sofri...

Sorri ao tempo sem tempo de mim

Na pubescência de meu ser, reencontrei-me!

Testemunhos de mina’lma profunda surgiram

Persuasivos no tempo de meu coração puro

Palavras lançadas absorto conversaram

Nas melodias inadvertidas aos outros

Sorri profundamente, sem dizer nada aos outros

Ausente de mim... Ausente dos meus...

Indiferente, entreguei-me!

Diviniza face de meu “eu”, se escondeu!

Ao retrato escondido de minha carne

Morro sem consolo de meu simples desejo

No vosso e em meu humilde coração

Mas na honra e verdade de meu simples “eu”

Desnudo aos seus desejos, que brinca no tempo

Na eterna brincadeira de ser apenas feliz

Testemunhos de meus olhos, ouvidos e coração

Fernando A. Troncoso Rocha.