Depressão
Afago maldito de nossos seres
Delírios de dor lírica... Delírios de dor suprema...
Berço esplendido de nossa alma e coração
Ilusão ótica de pura excitação em nosso coração
Quanta pureza exalada por ti!
És sublime ao sombrio da noite fria
Colchão d’agua de nossa mente insana e vazia
Tão macio... Tão sublime...
Na mortiça voz de nosso coração
Doce afago ao som do capeta
Delírios da voz, que teimas a não calar!
Também és tão aconchegante.
Há a quem não resista a ti?
Ah doce sentimento humano
Cós do capeta ao desumano
É nosso flagelo, a mentira do doce paraíso
Quanta dor do nada ao nada!
Purificação de nossas almas?
Com certeza Sigmund Freud explicaria.
Tudo tem suas explicações
Nas virtudes do inexplicável, aos sons da sociedade
Pragmática em suas virtudes e mentiras
Padrões de vida e moral do seres humanos
Pensamentos pré-dispostos... Comportamentos pré-determinados...
Que cegas nossas mentes ao real
Que prevarica nossos seres ao ideal
E estagna nossas mentes para o real
Viagem sem fim do mundo irreal
Fluido exalado, de nossas mentes e corações.
Sem dó e nem piedade, de nossas pobres almas
Fernando A. Troncoso Rocha.