A dama e o vagabundo
Fim de tarde ensolarado
A lua crescente surgia, ao lado das estrelas sorridentes
A dama em seu olhar penetrante
Deslumbrava o vagabundo, em seu mundo delirante
Signos de aquários!
Quebravam-se os vidros, de seus universos delirantes
De mundos distintos e infames, ao olhar como debutantes
Histórias de vidas indivisíveis uniam-se, em plena harmonia
Era a noite dos amantes, mas de amantes não se faziam
Mundos paralelos se mostravam, entre a dama e o vagabundo
O olhar de praia que os unia,
formavam-se o cálido da voz de seus desejos.
Na noite musical, convalescida em seus momentos
Conhecia-se o coração, que se fazia em seus desejos
Na doce e grave adoração do vagabundo
Sentia a doce e divina fragrância, da sublime dama que conhecia
Sutil afago na beleza de seus sentidos
A noite passava-se e via-se o oceano azul da distância
Nas pálpebras do vagabundo, surgia a mortiça luz do crepúsculo
Pétalas por pétalas, esfolhavam-se a morte de seus sonhos
Pois não podia ser diferente
Porque era o encontro, da dama e o vagabundo!
Fernando A. Troncoso Rocha.