Meerdê

Assim como o lírio, abre aos meus olhos.

Não nego que me é atribuído.

Loucos? Quem sabe!

Dane-se ao resto, que me da ao resto!

Não sou perfeito e tenho ego...

Infiéis loucos, que dizem-me na poesia

Temos muitos loucos! Ou naufragos a poesias...

Quem sabe!

Destemido eu me vejo, e sou!

Doces loucos também os sam...

Meerdê! Doces meerdês, que grito aos palcos, ajoelho-me!

Que seria de mim, sem dizer um meerdê?

Nada como a vida... Nada sem esperança...

Nada como se sonhou, Meerdê!

Painéis da natureza, de nossos franzinos seres.

Porque isto é vida e não um sonho!

Sem sonho e sem vida é que não sou...

Sem sonho e sem vida é que não somos!

Meerdê!

Fernando A. Troncoso Rocha.