Vida.
Só o passado me pertence,
O presente esta acontecendo!
O futuro, quem sabe! Dizem que só a Deus pertence.
Mas o tento agarrar, como um lindo seio de mulher.
Tento senti-lo, mas ainda esta dentro dela.
Deus o esconde como, de uma bela virgem.
Nas eternas noites, deitado em meu leito... Só!
Escuto o murmúrio de meu coração.
Recôndito futuro, lentamente vem a mim.
Quando do horizonte do tempo
Lança-me ao deserto negro
Sem noção do dia de amanhã!
Desamparado me sinto
Abandonado a sorte também.
Amparado, quem sabe! Pela divina mão invisível de Deus
Como uma grande página em branco
Sinto as pancadas de meu coração
Quero ser eterno! Sem ferir-me o coração...
Beleza que fitei,
Oh não te apagues como um sonho!
O silêncio enorme volta
Recôndito ao lirismo de meus sonhos
Sifilítico as extravagâncias ridículas dos sonhos,
Em seus barbarismos universais.
Na confusão brutal de meu coração
Tento manter a serenidade,
sobre o véu amargo da mágoa,
que envenena meu coração.
A deriva pela vida, sigo!
Agarrado a um belo par de remos.
Fernando A. Troncoso Rocha.