Ah! As palavras...


Foram as mais fortes armas entre nós.
Tirando o louco desejo e a paixão desenfreada, com que nos possuíamos e teimávamos em chamar de amor.
Tonto, se naquele dia, ele ao menos entendesse...

As palavras pronunciadas entre lágrimas, dentro de um táxi, em que eu me dirigia para longe do alcance dele, numa tentativa última, de me livrar daquela louca possessão que quase me matava... Eu frágil mariposa, sedenta de ar e liberdade, preste a queimar minhas asas, no calor de sua louca paixão.

Eram apenas "palavras armas", que me protegiam na verdade, de mim mesma.

E quase por um segundo, da possibilidade de pedir ao motorista que retornasse.

Para em minutos, estar novamente em frente ao computador, chorando lágrimas de sangue, diante das feridas que ele me inflingia.
Louco que não percebia, que ao me livrar de seu domínio, era para ele ainda, que corriam, meu amor ,meu desejo e este enorme carinho, que agora me invade...

Ao lembrar seu rosto contraído, sua raiva e aquele olhar de menino carente, que eu tão bem percebo, extraído, de uma foto de família que guardo comigo, entre as relíquias, que ele me presenteou um dia
Ah! Que loucas são as palavras, que ao mesmo tempo em que nos liberam, nos aprisionam entre as emoções e os sentidos que carregam.
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