Sai do sonho...

E foi como se alguma coisa estourasse dentro dela. Apenas o óbvio e já tão sabido: vinte e um anos de sonho que só ela percebera. Então, tornou-se instável e doída, incoerente mesmo. E descobriu que minutos a mais a poriam num mar de angustiado pranto; e isso ainda seria melhor. Do lado de fora, estava assustada demais para chorar, desprotegida e novamente encarcerada. Por questão de instantes teria se evadido de si mesma e não seria possível acalmar a menina cheia de sonho e desencanto.

Raquel Domingues Pires – 16/04/1980

Raquel DPires
Enviado por Raquel DPires em 16/11/2012
Reeditado em 17/11/2012
Código do texto: T3989154
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