Inércia.

Existo!

Faço!

Não faço!

Conforto!

Sou confortado!

Sinto!

Amo!

Sou amado!

Choro!

Sorrio!

Mas eu vivo como palhaço de meu circo!

Inertes aqui estão, a mim, a ti e a todos.

Viva a inércia, de nossos circos...

Impressionado com seus sonhos, aqui estou!

Vivo acordado no bem e todos seus sonhos serão belos e bons!

Viva o circo... Viva a inércia...

Que acato e respeito, em nossas liberdades de expressões

Em meu arquejo aflito, nesta escuridão!

Cutuco a ternura inquieta, em vossos corações

Angustiados pungindo alguns espinhos.

Inerte, sentirás meu carinho.

Inerte, sentirás o meu cuidado.

Que vagam em nossos murmúrios.

Espaço sombrio inerte aos meus desejos... Vossos desejos...

Tudo dorme, ao olho sombrio, de nossos olhos vazios!

Cegueira nefasta, da inércia de nossos seres.

Que devasta nossos lindos corações!

Doce inércia, que molda a frieza dos nascidos para amor.

És, requinta em ser cruel, na imagem de nossos olhos, que é de todo fel!

Fernando A. Troncoso Rocha.