Minha rua.
Explicita e de duas mãos!
Arvores escondem a frieza do lugar
Não é tão difícil perceber.
Conheço os sorrisos, em seus disfarces
Distantes, que nem dá para disfarçar.
Perdido no avesso do contra verso
De duas mãos!
Não revivo nenhum passado
Apenas entro, em todas as vidas.
Falo só para não falar!
Sorrio a falta de nossos futuros
Mas sempre entro, em vossas vidas!
Tu ris de minha cara
Mas conheço todos teus disfarces
No vão, das coisas de nossas vidas
Congelado ao tempo, de nossos viveres.
Entre nossos segredos, não cabe mais hipocrisias
Em nossas frases controversas
Procuras não me encararem
Por medo de suas meias verdades.
Mas sempre acabamos entrando, em todas as vidas!
Teu mau destino faz-se sangrar, meu coração...
Teu mau destino extingue-se, em meus ouvidos...
Paisagens, erma de minha rua!
Paisagens, erma de nossas ruas!
Frágil e dolorida, de requinte em nossos viveres.
Fernando A. Troncoso Rocha.