Grito cantado.

Não me calo, em não ser respeitado

Não me calo, em ser magoado

Não me calo, por ser livre e avoado

Não me calo, em ter a paz cantada

De meu... De vossos corações...

De repente... Grito cantado

Na imensa paz de nossos corações!

Não grito, porque tenho que escutar

Não grito, pela inércia de meus semelhantes

Não grito e canto sobre o não dito

Grito cantando... Sem magoar ou ser magoado.

Porque nas estrelas brilham, o céu límpido

Na divina distância, de nossos corações machucados.

O nosso crucifixo de marfim patina nas feridas

De nossos gritos calados!

Grito cantando, ao cheiro de jasmim

Na inércia de milhões de gritos calados

Em dizer-te, que todo momento deveria ser feliz!

Dançando, bamboleando e amolecendo, nossos sublimes corações!

Fernando A. Troncoso Rocha.