O lenço vermelho
Estava lá esquecido no chão.
Jogado fora ou perdido?
Ela não sabia.
Pegou_o e o enrolou no pescoço.
Vermelho,da cor do pecado.
Da cor do sangue que corria em suas veias,
bombeando o coração e proporcionando_lhe a vida.
Quem seria o dono?
Não importava,alguém o veria ali pendurado,
flamejante,esvoaçante,e o reconheceria.
Vermelho,da cor da paixão,
que muda a cor da vida.
Vermelho da cor do Flamenco,
que desperta a imaginação de quem sente.
E ficaram os dois,lenço e moça a esperar o dono.
E ele veio,o reconheceu.
A puxou para si,através do lenço,e seus corpos se tocaram,
e ficaram quentes como a brasa.
E seu rosto ficou rubro, como o lenço.