Esperança

O coração estava sendo varrido pelos ventos cortantes que se formavam dentro da tempestade mental.A paisagem verdejante de antes (onde cresciam sentimentos e emoções), tornava-se rapidamente um deserto áspero e frio.A angústia rastejava (como serpente perigosa), escondendo-se nos buracos escuros que se abriam a cada pensamento sombrio.A tristeza ( feito abutre sinistro) vinha, silenciosamente, bicar as últimas esperanças que já agonizavam no peito.Então, um dilúvio de lágrimas celestiais (que brotaram da compaixão divina), desceu para submergir aquele ambiente desolado; transformando-o em um mar, onde se moviam incessantes ondas de perdão.Quando, finalmente, a água baixou; quando tudo ficou em profundo silêncio; quando a solidão flutuava (adormecida) sob um céu azul, sem nuvens de expectativas...então, uma inesperada e misteriosa ave pousou; trazendo em seu bico, um delicado ramo de alegria.

Setembro - 2012

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 30/12/2012
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