Toc Toc

O toc toc

dos seus sapatos

no andar de cima;

ou embaixo

da tua saia fina

branca ou colorida.

Coxas grossas, pernas tortas

não importa!

Batidas me sobressaltam

se na porta não acontecem

tuas coxas me apetecem

quando as descortinas.

Assusta-me! Não.

É só um tinir nos meus ouvidos

Mas, se de Ti me olvido?

Não, és a razão dos meus sentidos!

Flerto com teus vestidos

só temo olhar tua mão.

A vida é cheia de surpresas

quis fazer de Você minha presa

fui um bom caçador?

Sim! Amenizar-se minha dor

ensinaste-me os caminhos

do visionário que sou.

Mesmo trôpego como um bêbado

com os cabelos em desalinho

tudo fiz, mas não sinto

por Ti desapego.

Fico com o sossego pelo carinho

e pelo apreço Te agradeço.

Paulo Augusto Menezes
Enviado por Paulo Augusto Menezes em 15/01/2013
Reeditado em 25/02/2013
Código do texto: T4085543
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