EU E OS MEUS

Já passava das onze, e um vento frio teimava em querer passar pela fresta daquela porta que me separava insistente do mundo la fora. Eu não me importava com a solidão, ou seja, já não me importava mais, depois de tanto só e tantos desencontros. Mas meus pensamentos estavam comigo, alí, sem se arredarem, e então todos nós, eu, meu coração, meus desejos e eles, brincávamos sozinhos de jogo da verdade, sem sabermos que, na verdade, a verdade era uma só.

Mas que verdade seria essa afinal? Certos conceitos de verdade e ética já não cabem mais em certos auto questionamentos ou auto-análises, depois que decidimos assumir nossas posições ou nossos atos!

Por que o mundo lá fora, parece querer entrar, porém, o vento que passa pela fresta da porta que fecha minha solidão é insuficiente para rompê-la, e permanecem então junto comigo, presos e indefesos, os meus pensamentos, o meu coração e os meus desejos.

Já era outro dia e passava das três, foi quando então que encontrei minha inconsciência, e fiquei com ela até o amanhecer!

GERALDO MARIA DE OLIVEIRA
Enviado por GERALDO MARIA DE OLIVEIRA em 23/01/2013
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