A donzela e o rapaz (++)

O sorriso espontâneo da donzela indicava um jubiloso amor, já o rapaz, ao lado da amada verbosa demonstrava a timidez tenebrosa. Jamais surgiria o galanteio, pois o rapaz sereno não interveio na dualidade antagônica entre amor e receio. O questionamento do que fazer atrapalhava o pensamento, daí não sabia do que era tempo: de beijar, de despedir, de exonerar ou de continuar a arte incansável de pensar. Ela falava com um ar de certeza, o rapaz ouvia e o que fazia era balançar a cabeça, não sabia onde colocar a mão: estalava dedos inteiros, cruzava as mãos, resolveu então, colocá-las no bolso traseiro para depois tirá-las para pegar as balas que estavam ali guardadas. Ofereceu o doce para a donzela, ela pegou como se fosse esquecer a seqüela da delinqüência do beijo adocicado, que ela conquistou roubado do garoto, poderia ser quieto, tímido e calado, mas era o seu rapaz amado, que também estava apaixonado. Ficaram juntos o tempo todo. consumado aquele lindo namoro, entre o quieto e a falante, entre o discreto e a estonteante. Provando que em tudo há diferença, mas o amor é o sentimento que não caça desavença, apenas impossibilidades para torná-las as melhores verdades.

Fron Monseus
Enviado por Fron Monseus em 12/03/2007
Reeditado em 16/08/2009
Código do texto: T410386