A escada.
Como menino franzino, conheci a escada.
Achei linda e ao mesmo tempo tive medo
A mesma andava sozinha
Seus degraus subiam e desciam suavemente
Encaixes perfeitos, se faziam em sua rolagem.
De mãos dadas a minha mãe, eu a descobri!
Desvende iam firmes, as mãos fortes de minha linda mãe.
Senti que a mesma, não teríamos o controle.
Pois ela era rolante, de vontade própria.
O olhar de menino a tudo que era novo, eu sorri!
Deixe-me, levemente me levar.
Ao final quase cai!
Mas amparado às mãos fortes de minha mãe, não me machuquei!
Sorri ao novo, ao lado de minha forte mãe.
Quando jovem eu a revi... Destemido e valente quis domá-la.
Subia correndo em meu tempo, sem deixar seu tempo me levar.
Quis descer com ela subindo, determinado eu quase caio!
Não me importei! Pois o meu tempo era só que valia.
De moleque travesso, eu a subi e cai!
Percebi então, que meu tempo era o que não valia.
O tempo era a minha revelia!
No passar do tempo, nos revimos por varias vezes
No passar do tempo, sufoquei em sua demora ao destino
Mas no passar do tempo eu aprendi
Não importa o quanto eu corra.
Não importa o quanto eu tenha pressa
Porque a chegada é sempre a mesma
De que forma ou qual forma, o final é sempre o mesmo.
Hoje sempre chego... Hoje sempre vejo...
Que o destino é o meu, em seu tempo!
Mas hoje curto a paisagem, em seu tempo
Deixo-a me levar...
Porque o que é meu sempre será!
Fernando A. Troncoso Rocha.