Amor sem amor.

Ubiqüidade no enorme silêncio

Estás em tudo que nasce.

Estás em tudo que morre.

Sempre serás o inicio e o fim do universo

A cada tempo cumprido, fica um beco nas letras

Nas palavras... Nas mentes... Nos corações...

Esta na morte do espírito de tudo que nasce,

Nas magoas de um simples coração.

Gorgoleja trepido ao coração, sem o amar,

No horizonte imenso ao grão pequenino

Ah aquele que não te quis!

Ainda repetes os cânticos

Aos bem-amados ingratos

Aos que choram e sorriem por ti!

E é no mistério do mundo, que te faz infeliz.

Corre um arrepio e também me sinto infeliz

Mas foste tu, o arquiteto neste horizonte imenso e infeliz!

Faço versos sem guerra, a este amor infeliz,

De bom grado, luto a luta que não lutei,

No silêncio que diz tudo.

Durma sossegado...

Que o dodói, vai-te embora!

Místico seja o silêncio, da mais ternura, de minha simples emoção.

Neste amor sem amor, quebrou o encanto do amor

Como uma adaga partida

Ateou a esta alma perdida

A dor de meu gozo.

Doce a ferida, que um dia cicatriza!

Deixo-te meu beijo, sem teu desejo, neste meu doce lampejo!

Não é de glória... Não é de amores...

Pois é somente assim, que meu coração deseja.

Fernando A. Troncoso Rocha.