Camuflagem
Camaleões se tornaram
Torço, distorço meus lindos anseios.
Suaves emoções de um pobre coração
A piscina de meu coração é sem sentido.
Meu sentido é corpo queimado por meu arrepio
Neste maldito madrasto mundo
Grande e cafajeste, esquivo que me escolheu ao nascer.
Pôs-me infante na escusa ternura,
Ao som no pátio, os sinos dobram.
Traz-me o sentimento de meu corpo
Animal de teu pensar.
Um dia, serão depostos!
Em transito de minha miséria
Forjado pelo mundo
Não vejo em rico ou pobre o gosto de viver
Frustrações... Em minha gente...
Em nossos modos de viver!
Temeridade em ver os atropelados
Pela miséria de nossas cidades
Escravos de cães sedentos, em seu poder!
Miséria empapada de sangue
Extravagâncias ridículas de seus propícios seres.
Tento viver acordado no bem
Espremido como esponja, caminhando pelo belo!
As espreitas de um córrego
Maldito ao capricho dos dementes do poder.
Fernando A. Troncoso Rocha.