Guerra das rosas.

Nascido na era do proibitivo

Dois mundos em um só

Criado na cartilha dos proibicionistas

Aquariano, sonhador de um mundo que não existe!

Descobri as letras

Encantei-me com as histórias

Deslumbrei-me com Dostoiéviski

Conheci o marxismo

Encantei-me com Lênin

Conjuguei os verbos de Trótski

Murmurei lindas lições,

com a rosa nas mãos, contra lindos canhões.

Participei do panelaço, sonhando com a democracia.

Fui à praça da alegria, na festa prol-democracia.

Gritei é proibido proibir!

Nesta guerra sem armas na mão, com as rosas em mãos.

Nem venci e nem fui vencido

Pois ludibriado também fui

Por falsos profetas de minha era

Com uma imprensa profana e um pouco sacana

Encantam e ensinam lindas lições

Falam verdades e mentiras, como se tudo fosse verdade.

Induzem e conduzem algumas multidões, em eternas ilusões!

Incansável, destemido e sonhador!

Busco meu mundo a procura de Atlântida

Abro e mostro meus mapas, de caminhos percorridos.

Ensino e conto lindas histórias

Através de meus versos, prosas, poemas e poesias.

Mostro minh'alma, abro meu coração.

Tentando encontrar meu mundo,

deste mundo que não é de aquário.

Tento reconstruir meu maior relicário!

Minh'alma, coração e mente,

neste mundo cheio de dementes.

Entre gananciosos, mentirosos e ladrões.

Perco batalhas, mas nunca a guerra.

Porque vencedor eu sou, vencedor nós somos.

Viva a liberdade, viva a democracia!

Fernando A. Troncoso Rocha