Paz de um Amor

Ah! Meu Ser Amado! Me entrego aos teus cuidados, como nascente ao seu continuo rio a tempos a fio. Já não te sinto como desvario ou demência, minha essência a ti entrego e não nego, que quando o coração dispara, se aconchega em ti como criança saciada ao peito da pessoa amada. Em teu peito me entrego aos sonhos risonhos e chorosos por me doer a saudade de te ter sem ver. Me tens, não só o físico, mas neste ato te entrego a alma sanada, revigorada. Teu colo amado, teu cheiro cheiroso, teu gosto gostoso, teu peito macio como leito de um rio a me banhar. Lagrimas sei que virão, mas o que fazer? Viver em ti é emoção de pular o coração em qualquer situação. Após ato sagrado, com teu cheiro e gosto em mim impregnado, observo com amor teu olhar como duas luas pousadas em mim, sinto o calor que dele emana, me preenches sem recatos e nossos braços enroscados num só abraço me deleito em Ser e Ter.

Chegastes tão mansamente e docemente que ao invadir todos os meus espaços fiquei em duvida da autenticidade de “Quem ou Ser”, transbordas em taças todas as vidas vividas e em ti contidas, e nesta, tão sentida, sofrida, querida, buscada e em ti aquietada. Tiras o sossego de forma amorosa decantando este amor em versos e prosas. És o ar, que da vida e não sufoca, nada peço em troca a não ser que respires comigo o mesmo amar.

Tu és muito mais que o físico, muito mais que o prazer, pois guardas em ti tantas vidas minhas, que me acalma só o saber do teu existir e neste meu enroscar carinhoso nos teus longos sedosos e vigorosos braços sigo em busca do nosso compasso. Abraços! Seriam estes nossos únicos laços? Então, nele me entrego e durmo feliz na espera de outro próximo amanhecer.

Buscadora
Enviado por Buscadora em 18/03/2007
Código do texto: T417145